Esta espécie pertence à Ordem Accipitriformes.

A águia-real é a maior das águias portuguesas, ocorrendo em zonas inóspitas do interior. Trata-se de uma ave poderosa que surpreende pela agilidade do voo.

 

Taxonomia

Ordem: Accipitriformes
Família: Accipitridae
Género: Aquila
Espécie: Aquila chrysaetos (Linnaeus, 1758)
Subespécies: 6

Em Portugal ocorre a subespécie ibérica A. c. homeyeri.

Identificação

A águia-real é praticamente inconfundível, apenas podendo ser difícil a sua distinção da mais rara águia-imperial-ibérica. As asas são grandes e largas e a cauda proporcionalmente comprida, com a cabeça projectada, exibindo a tonalidade pálida da nuca, que pode ir do castanho claro ao dourado quase branco. No restante da plumagem, o tom dos adultos é no geral escuro, ao contrário dos juvenis e imaturos, que exibem “janelas” brancas nas asas e uma banda branca larga na cauda, bastante visíveis à distância. A grande envergadura desta espécie só é ultrapassada pelas do grifo e do abutre-preto.

Abundância e Calendário

Como espécie ameaçada que é, a águia-real é rara e de distribuição muito  localizada, quase exclusivamente restringida ao interior do território, encontrando-se sobretudo nos vales encaixados e pouco acessíveis. Ocorre durante todo o ano, sendo mais fácil a sua observação no início da Primavera, quando efectua as paradas nupciais.

Mapas

Onde Observar

O nordeste é, sem dúvida, a zona onde é mais fácil encontrar esta grande  águia.

Entre Douro e Minho – rara nesta região, pode ser vista unicamente na serra da Peneda.

 

Trás-os-Montes – os vales do Douro Internacional e dos seus principais afluentes albergam a maioria da população nacional de águia-real, podendo a espécie ser vista com relativa facilidade na zona de Miranda do Douro e também junto a Barca d’Alva. Localmente ocorre também na serra da Coroa.

 

Beira interior – o Tejo Internacional, onde nidificam vários casais, é provavelmente a segunda melhor zona do país para a observação desta espécie. Mais para norte, pode ser vista na zona de Figueira de Castelo Rodrigo. Ocasionalmente observa-se na serra da Estrela, mas actualmente é bastante rara nesse local.

 

Alentejo – nidifica em números reduzidos junto à fronteira, sendo a zona de Barrancos a mais favorável à sua observação. Por vezes é vista nas planícies de Castro Verde e no vale do Guadiana, junto a Mértola.

 

Algarve – muito rara na zona, aparece irregularmente junto ao Cabo de São Vicente, fora da época de nidificação.

 

Saber Mais

Partilhamos a gravação do webinário sobre a águia-real,  realizado em Dezembro de 2023.