Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

A trepadeira-comum atrai sobretudo pela sua extraordinária capacidade de se agarrar aos troncos e ramos de árvores, enquanto os percorre em busca de alimento, mesmo que de barriga para cima.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Certhiidae
Género: Certhia
Espécie: Certhia brachydactyla CL Brehm, 1820
Subespécies: 5

Em Portugal nidifica a subespécie C. b. megarhyncha. Adicionalmente, é possível que, nas zonas mais interiores do país, ocorra também a subespécie nominal.

Identificação

A forma da trepadeira-comum é bastante peculiar, com o seu bico comprido e encurvado, o corpo rechonchudo e compacto e a cauda ligeiramente comprida. O dorso e as asas são acastanhadas com marcas, e as partes inferiores são brancas.É habitual observar esta espécie a percorrer verticalmente os troncos das árvores,como se fosse um pequeno mamífero agarrado à casca e a trepar.

Sons

Para ouvir a vocalização da trepadeira-comum, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

A trepadeira-comum é localmente abundante, estando bem distribuída ao longo do território nacional. É comum em zonas florestais, sobretudo de árvores velhas e de folhosas, encontrando-se também em plantações de coníferas. Ocorre ainda em parques e jardins. Sendo esta uma espécie residente, pode ser encontrada ao longo de todo o ano.

Maps

Onde Observar

Qualquer zona florestal é propícia à observação desta espécie.

 

Entre Douro e Minho – pode ser encontrada na serra da Peneda e na vertente minhota da serra do Gerês. Ocorre igualmente no Corno de Bico, nas lagoas de Bertiandos, em Guimarães e no pinhal do Camarido (estuário do Minho).

 

Trás-os-Montes – trata-se de uma espécie comum em Miranda do Douro, bem como nas serras da Nogueira, do Larouco, da Coroa e do Alvão.

 

Litoral centro – pode ser encontrada no pinhal de Mira, nas serras de Aire, Sicó e Alvaiázere, na zona da lagoa da Ervedeira e no pinhal de Leiria; mais para norte, observa-se igualmente na zona de Estarreja-Salreu.

 

Beira interior – bem distribuída por esta região, os melhores locais são a zona do Sabugal e o Tejo Internacional. A espécie também ocorre na serra da Estrela, na serra da Gardunha, nos pinhais junto à barragem de Santa Luzia e ainda junto à albufeira da Marateca.

 

Lisboa e vale do Tejo – espécie comum em alguns locais, como Pancas (no estuário do Tejo), a Mata da Machada, o cabeço de Montachique, as serras de Sintra e da Arrábida e as imediações da lagoa de Albufeira. Pode também ser vista nas maiores zonas verdes de Lisboa, como a Tapada da Ajuda, e ainda no vizinho Parque do Tejo.

 

Alentejo – na metade norte da região pode ser facilmente detectável em locais como Arraiolos, Alpalhão, Castelo de Vide, Portagem (Marvão), serra de São Mamede, Montargil e ribeira do Divor. Na metade sul, encontra-se no estuário do Sado, nos pinhais da lagoa de Santo André, na serra de Grândola e na zona de Barrancos.

 

Algarve – bem distribuída pela zona serrana, encontra-se em locais como as serras do Caldeirão, de Espinhaço de Cão e de Monchique, assim como na Rocha da Pena. No litoral é consideravelmente mais escassa, mas pode ser vista nos pinhais do Algarve central, nomeadamente na foz do Almargem, na Quinta do Lago e nas lagoas do Garrão e das Dunas Douradas. Localmente também ocorre junto à costa ocidental, por exemplo no planalto do Rogil.

Ligações externas