Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Difícil de ver, a cigarrinha-ruiva (felosa-unicolor) localiza-se sobretudo pelo seu canto, que faz lembrar o de um insecto.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Locustellidae
Género: Locustella
Espécie: Locustella luscinioides (Savi, 1824)
Subespécies: 3

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

A plumagem é castanha sem marcas particulares. O bico é fino, tal como o das outras espécies insectívoras. Tem contudo um aspecto algo ‘volumoso’, devido sobretudo às infra-caudais longas, sendo esta uma característica que permite distingui-la do rouxinol-pequeno-dos-caniços. A espécie é mais fácil de identificar pelo seu canto, que se caracteriza por um trinado longo e monótono, que faz lembrar um insecto.

Sons

Para ouvir a vocalização da cigarrinha-ruiva, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Pouco comum e localizada, a felosa-unicolor ocorre apenas em meia dúzia de zonas húmidas no litoral português, sendo na região centro que se concentra a maioria da população. As aves frequentam caniçais e tabuais densos, sendo mais fáceis de detectar quando estão a cantar. Esta felosa é estival, os primeiros indivíduos chegam em Março e o seu canto faz-se ouvir até Junho, partindo as aves até Agosto ou princípios de Setembro. Contrariamente ao que acontece com outras felosas migradoras, esta espécie raramente é observada em passagem fora das zonas onde nidifica.

Mapas

Onde Observar

As zonas húmidas costeiras com caniçais bem desenvolvidos são os locais onde esta felosa pode ser vista mais facilmente.

 

Entre Douro e Minho – pouco frequente na região, existem diversas observações no estuário do Minho.

 

Litoral centro – é talvez a melhor região do país para ver esta felosa, que ocorre no paul do Taipal, no paul da Madriz, no paul de Arzila, na lagoa de Mira, na lagoa de Óbidos (poça do Vau), no paul de Tornada e na ria de Aveiro (particularmente na zona de Salreu).

 

Lisboa e vale do Tejo – pouco abundante nesta zona; o estuário do Tejo é um dos locais onde a espécie é vista com regularidade – em especial nas lezírias da Ponta da Erva (38  Moios e EVOA).

 

Alentejo – a lagoa de Santo André é o principal local de ocorrência desta felosa no Alentejo, sendo um dos melhores locais para a observar; também existem registos no estuário do Sado.

 

Algarve – rara na região, tem sido observada com alguma regularidade na Boca do Rio; existem registos esporádicos da sua ocorrência durante as migrações.

 

Documentação

Ficha da felosa-unicolor (cigarrinha-ruiva) no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)