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Zarro-negrinha
Aythya fuligula
O contraste da plumagem preta e branca tornam os machos deste
pato-mergulhador reconhecível a grande distância. No entanto, nos últimos anos
este bonito pato tem vindo a tornar-se cada vez menos frequente em Portugal.
Identificação
O macho é fácil de identificar: cabeça, peito, dorso e infracaudais negros, flancos
brancos dão à plumagem um forte contraste. Se a observação foi feita de perto, é
também visível um pequeno penacho pendente na nuca. A fêmea é acastanhada,
mas os flancos mais claros contrastam com o dorso e o peito, mais escuros. O olho
de tom amarelo-torrado ajuda a identificar esta espécie.

Onde observar
Até ao início da década de 1990, o zarro-negrinha era relativamente frequente
em Portugal, mas actualmente parece ser bastante escasso, o que torna difícil a
indicação de bons locais para observar esta espécie.
 | | Entre Douro e Minho – o estuário do Minho, no extremo norte do país, |
| | era, até há pouco tempo, um dos locais tradicionais de ocorrência do zarro-negrinha, mas nos últimos anos esta espécie não tem sido observada regularmente nessa zona.
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 | | Litoral centro – A pateira de São Jacinto, com as suas excelentes |
| | condições de observação, é, seguramente, um dos melhores locais para procurar este pato.
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 | | Lisboa e Vale do Tejo – O paul do Boquilobo é outro local onde a |
| | espécie ocorre com alguma regularidade, embora os seus números variem fortemente de uns anos para outros. Também aparece nas salinas de Alverca.
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 | | Alentejo – nesta região, a espécie é bastante rara, surgindo |
| | esporadicamente em barragens e açudes. Ocasionalmente também se observa na lagoa de Santo André.
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Abundância e calendário
Outrora um visitante comum, este pato parece ser actualmente bastante raro e
irregular no nosso país, embora ocasionalmente ainda sejam observados bandos de
algumas dezenas ou mesmo centenas de aves. Tal como a maioria dos patos que
ocorrem em Portugal, o zarro-negrinha é sobretudo invernante, podendo ser visto
entre Outubro e Março. Existem referências pontuais à sua nidificação, mas esta, a
acontecer, é certamente excepcional.
Estatuto de conservação em Portugal:
Vulnerável
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