Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

Este pilrito oriundo do norte da Europa tem em Portugal o limite meridional da sua área de distribuição. Apesar da sua relativa raridade e da sua baixa conspicuidade, é surpreendentemente regular nos seus principais locais de invernada e deixa-se observar relativamente bem enquanto procura alimento entre as rochas.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Scolopacidae
Género: Calidris
Espécie: Calidris maritima (Brünnich, 1764)
A espécie é monotípica.

Identificação

O pilrito-escuro é uma ave relativamente grande dentro do género Calidris, sendo quase do tamanho de uma seixoeira, mas é pouco vistoso, devido aos tons escuros da sua plumagem. À primeira vista, a sua identificação pode não parecer simples;  no entanto, a combinação da plumagem escura com as patas amarelas e a base do bico, que também é amarela, distinguem este pilrito de todas as outras pequenas limícolas.

Abundância e Calendário

O pilrito-escuro é bastante escasso em Portugal e muitas vezes é visto isoladamente, embora possa formar pequenos bandos, os quais raramente reúnem mais de cinco ou seis indivíduos. Frequenta apenas praias com rochas expostas, nas quais se alimenta, muitas vezes na companhia de rolas-do-mar. Por vezes também pode ser visto em portos de abrigo, principalmente nos quebra-mares.Ocorre no nosso país apenas como invernante e pode ser observado sobretudo de Novembro a Março (mais raramente de Outubro a Abril).

Mapas

Onde Observar

Decididamente, a melhor forma de ver o pilrito-escuro é ir até à zona de Oeiras, já que no resto do país parece ser muito escasso. É possível que a espécie ocorra regularmente noutros locais, mas a sua raridade, os seus hábitos discretos e a sua plumagem pouco vistosa fazem com que não seja muito fácil de encontrar.

 

Entre Douro e Minho – observa-se com regularidade em praias rochosas e molhes ao longo da costa entre a foz do Douro e o porto da Póvoa de Varzim.

 

Litoral centro – ocorre regularmente em Peniche; conhecem-se também observações isoladas na barra de Aveiro e na foz da lagoa de Óbidos, mas não se sabe se a espécie é regular nesses locais.

 

Lisboa e vale do Tejo – o melhor local do país para procurar esta espécie é, sem dúvida, a costa do Estoril, onde a presença do pilrito-escuro se pode considerar regular e, por vezes, se observam pequenos bandos, especialmente na zona de Oeiras. Também já foi observado com regularidade na zona da Ericeira e no cabo Raso.

 

Alentejo – o único local da região onde já tem sido registada a sua presença é a praia de Vila Nova de Milfontes (junto ao estuário do Mira).

 

Algarve – muito escasso nesta região e com uma distribuição muito localizada; tem sido observado com alguma regularidade no porto de Sagres e na foz do Arade.

 

Documentação

Ficha do pilrito-escuro no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)

Ligações externas