Esta espécie pertence à Ordem Procellariiformes.

Surpreendentemente, esta ave marinha de pequenas dimensões resiste a temporais fortes. A sua capacidade de manobra é tal, que pode planar em cima da água,deixando ver as manchas brancas características por debaixo das asas.

Taxonomia

Ordem: Procellariiformes
Família: Hydrobatidae
Género: Hydrobates
Espécie: Hydrobates pelagicus (Linnaeus, 1758)
Subespécies: 2

Identificação

Trata-se de uma ave marinha de reduzidas dimensões, tal como os restantes painhos. Distingue-se fundamentalmente pela presença de uma mancha branca na parte inferior das asas, completamente ausente nas restantes espécies que ocorrem nos mares de Portugal. No restante, apresenta também a banda branca na zona do uropígio, embora apresente a cauda não-forcada, em que só se assemelha ao painho-casquilho. Extremamente difícil de ser observado, ocorre sobretudo junto a terra durante temporais, ou imediatamente a seguir. Nem sempre os padrões de plumagem são perceptíveis, sobretudo se se tratarem de aves a larga distância do observador.

Abundância e Calendário

Os padrões de ocorrência desta espécie ao longo da costa portuguesa não são inteiramente conhecidos, sendo a melhor época de observação desta espécie entre Junho e Outubro. Durante o mês de Novembro podem ser ainda observados alguns bandos ao largo da costa do Algarve. No entanto, trata-se de uma espécie raramente observada a partir de costa.

Mapas

Onde Observar

A sua pequenez, aliada ao tipo de voo muito rente à superfície do mar, pausado, fazendo com que a ave se «esconda» frequentemente atrás das ondas, tornando esta uma espécie raramente detectável a partir do pontos de observação em promontórios, por exemplo.

 

Entre Douro e Minho – esta espécie ocorre regularmente frente ao litoral de Esposende.

 

Litoral centro – existem registos da presença da espécie junto ao cabo Mondego e ao cabo Carvoeiro, pelo que estas são as melhores opções de detecção da espécie.

 

Lisboa e Vale do Tejo – o alma-de-mestre é registado com regularidade frente ao cabo Raso, especialmente durante o Verão.

 

Algarve – os melhores locais situam-se no cabo de São Vicente e na ponta da Atalaia-Sagres, onde este painho ocorre regularmente durante o Verão e o Outono. Também pode ser avistado frente à ponta da Piedade, onde existem alguns registos.

 

Saber Mais

Desde o início da década de 1990, têm sido realizadas todos os anos, no Algarve, campanhas de anilhagem dirigidas a esta espécie. Disponibilizamos abaixo o episódio do podcast A Viagem do Maçarico, no qual poderá ficar a conhecer melhor os estudos que têm vindo a ser realizados com os painhos nessa região.

 

Ligações externas