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Toutinegra-carrasqueira
Curruca iberiae
Esta pequena toutinegra é uma das aves
mais características no nordeste do país.
Identificação
O macho é muito característico e fácil de identificar: peito e ventre cor-de-laranja,
cabeça azul-acinzentada e um característico bigode branco. O anel orbital é
vermelho. A fêmea apresenta tons mais pálidos, identificando-se pelo seu aspecto
“franzino” (por vezes apresenta também um ténue tom rosado no peito). O canto
desta espécie assemelha-se ao da felosa-poliglota, sem as imitações iniciais. O
chamamento consiste num “tac-tac” seco que faz lembrar o da toutinegra-de-
barrete-preto.
Abundância e calendário
Embora seja rara no litoral (o que contribui para gerar uma impressão de relativa
escassez), esta toutinegra é bastante comum no interior, particularmente no norte
e no centro do país. Em certas zonas de Trás-os-Montes é tão comum que chega a
ser a ave mais numerosa do género Sylvia. A toutinegra-carrasqueira é uma
espécie estival que chega bastante cedo ao território português, sendo habitual
observar esta espécie em meados de Março (e, por vezes, em finais de Fevereiro).
A passagem migratória outonal dá-se sobretudo em Setembro e Outubro.

Onde observar
A toutinegra-carrasqueira distribui-se sobretudo pela metade interior do país,
ocorrendo em zonas de marcada influência mediterrânica
 | | Entre Douro e Minho – muito rara nesta região, ocorre localmente junto |
| | à serra do Gerês.
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 | | Litoral centro – muito rara na região, ocorre pontualmente nalgumas |
| | serras.
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 | | Lisboa e Vale do Tejo – rara nesta zona, por vezes é observada em |
| | passagem migratória nas lezírias da Ponta da Erva.
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 | | Alentejo – pode ser vista com relativa facilidade nas zonas raianas do |
| | Alto Alentejo, nomeadamente junto a Castelo de Vide e à barragem da Póvoa; para sul torna-se mais rara, mas é conhecida a sua ocorrência junto ao Guadiana, nas zonas de Mourão e Mértola.
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 | | Algarve – como nidificante distribui-se pelas serras do interior, podendo |
| | ser observada na serras do Caldeirão e de Espinhaço de Cão e ainda nas zonas serranas do nordeste; durante as passagens migratórias ocorre igualmente junto à costa, nomeadamente na zona de Tavira, na ria de Alvor e no cabo de Sao Vicente.
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Sabe quando chegam as primeiras toutinegras-carrasqueiras? Veja as datas aqui
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Estatuto de conservação em Portugal:
Pouco preocupante
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