Esta albufeira é um dos melhores locais para observar aves aquáticas na Beira Baixa. O seu enquadramento paisagístico e a sua acessibilidade justificam bem uma visita ao local.

A albufeira da Marateca, vista do paredão. Ao fundo, as faldas da serra da Gardunha.
A albufeira da Marateca, vista do paredão. Ao fundo, as faldas da serra da Gardunha.

Visita:

Existem dois pontos principais de observação da albufeira: o paredão da barragem e o braço norte.
paredão da barragem é um bom local para observar o plano de água. A partir daqui vêem-se geralmente alguns corvos-marinhos-de-faces-brancas e, por vezes, gaivotas-d’asa-escura. Na zona envolvente ao paredão observam-se diversas espécies de aves terrestres, como a rola-turca, a andorinha-das-rochas, o estorninho-preto e, no Inverno, o estorninho-malhado. Existem alguns bosquetes de pinheiro-bravo, onde é possível encontrar a pega-azul, a trepadeira-comum e diversas espécies de chapins.

Também é possível avançar um pouco mais, tomando o primeiro caminho à direita, que atravessa um pequeno olival e conduz até a margem, permitindo obter outra perspectiva sobre a albufeira. Aqui observam-se a gralha-preta, o tentilhão-comum e, por vezes, o pardal-espanhol, bem como as aves aquáticas já referidas.

A outra zona a explorar são as braças do lado norte. Para aceder a esta zona deve regressar-se a Lardosa e sair para norte pela N18; logo após a placa que assinala o concelho do Fundão, vira-se à esquerda na direcção de Louriçal do Campo. Um pouco mais à frente surge a ponte sobre a ribeira da Borralheira, que na verdade apanha o extremo nordeste da albufeira. Esta é uma zona de águas pouco profundas e onde por vezes se refugiam algumas aves aquáticas, nomeadamente garças e limícolas. Entre as espécies que aqui ocorrem refiram-se a garça-real, o maçarico-bique-bique e o maçarico-das-rochas. Já aqui foi observada a garça-branca-grande.

Continuando por mais 2 km, surge à esquerda um caminho de terra com a indicação “Moita”, que nos levará até à margem da albufeira. Este caminho atravessa terrenos agrícolas, onde é possível observar o cuco-rabilongo, bem como diversos passeriformes típicos de áreas abertas, como a cotovia-de-poupa, o picanço-real, o pintarroxo e, no Inverno, algumas lavercas. Ao fim de 2 km por este caminho, surgirá uma estreita ponte, que atravessa o rio Ocreza. Aqui vale a pena observar a ribeira e, à esquerda, a albufeira. Entre as espécies que aqui ocorrem refiram-se a garça-branca-pequena, o pato-real, a galinha-d’água e o maçarico-bique-bique. Ao longo das margens existe uma galeria de árvores, onde na Primavera se podem ouvir o rouxinol-comum, a toutinegra-de-barrete-preto e o papa-figos.

Melhor época: todo o ano

Distrito: Castelo Branco
Concelhos: Castelo Branco e Fundão
Onde fica: cerca de 20 km a norte da capital de distrito. O acesso é feito através
da A23, saindo no nó de Lardosa, ao km 139 – a barragem fica imediatamente a
oeste da auto-estrada e o acesso ao paredão é feito a partir de Lardosa; um pouco
mais para norte, uma estrada municipal conduz a Louriçal do Campo e permite
aceder a outros braços da barragem.

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