Esta espécie pertence à Ordem Procellariiformes.

Apenas ocorre nas nossas águas durante um curto período do ano, após empreender uma notável migração desde os mares do hemisfério sul. Esta pardela com o seu barrete bastante visível, é a maior dentro do seu género. Pode ser observada em bandos de grandes dimensões durante a migração, mas normalmente é observada em pares ou pequenos grupos.

Taxonomia

Ordem: Procellariiformes
Família: Procellariidae
Género: Ardenna
Espécie: Ardenna gravis (O’Reilly, 1818)
A espécie é monotípica.

Identificação

Trata-se de uma pardela típica, de dimensão média-grande, com um característico barrete preto e um colar branco que interrompe a plumagem escura que se estende pelas partes superiores da ave. Por debaixo, apresenta uma tonalidade bastante pálida. O seu voo é idêntico ao das restantes pardelas, executando grandes arcos sem batimentos de asas em alturas de vento forte ou moderado. Quando o vento é fraco ou nulo, voa rente à superfície do mar. Esta é uma espécie maior que as restantes pardelas, apenas ultrapassada pela cagarra em dimensão. Ao contrário desta, possui o bico escuro e mais fino.

Abundância e Calendário

Pouco frequentemente observada, a pardela-de-barrete ocorre quase exclusivamente durante a migração para sul em direcção às suas áreas de reprodução. Este período decorre entre finais de Agosto e Outubro. Em períodos de temporal, ou imediatamente a seguir a estes, podem aproximar-se da costa, proporcionando observações de algumas centenas por hora, em passagem para sul. No entanto, esta espécie é habitualmente rara.

Mapas

Onde Observar

As maiores probabilidades de observar esta espécie ocorrem durante a execução de saídas pelágicas efectuadas durante o período de passagem migratória.

 

Litoral centro – nesta região situam-se alguns dos locais onde tem sido registada com maior regularidade, como é o caso do cabo Carvoeiro e na travessia PenicheBerlengas.

 

Lisboa e Vale do Tejo – espécie registada com regularidade em passagem pelo cabo Raso.

 

Algarve – o melhor local de observação encontra-se no cabo de São Vicente, existindo também registos de passagem frente à ponta da Atalaia, perto de Aljezur.

Documentação

Atlas das Aves Marinhas – Ardenna gravis

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