Esta espécie pertence à Ordem Strigiformes.

Este pequeno mocho é a ave de rapina nocturna mais fácil de observar, devido aos seus hábitos parcialmente diurnos. O seu hábito de pousar em pontos altos, à beirada estrada, torna esta espécie bastante conspícua.

 

Taxonomia

Ordem: Strigiformes
Família: Strigidae
Género: Athene
Espécie: Athene noctua (Scopoli, 1769)
Subespécies: 13

Em Portugal ocorre a subespécie A. n. vidalii.

Identificação

Pouco maior que um melro, o mocho-galego chama a atenção pela sua característica silhueta arredondada. A plumagem é castanha, com malhas brancas e os olhos são amarelos. As suas vocalizações, que fazem lembrar um latido, são facilmente audíveis, podendo ouvir-se vários indivíduos a responder uns aos outros nas zonas onde a espécie é mais comum.

Sons

Para ouvir a vocalização do mocho-galego, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

O mocho-galego é uma ave relativamente comum e encontra-se de norte a sul do país. É uma espécie residente, que está presente no país durante todo o ano. É particularmente frequente em terrenos agrícolas com algumas árvores dispersas e em olivais. Muitas vezes ocorre em ruínas ou amontoados de pedras, que usa para nidificar. Está ausente em zonas de altitude, bem como em áreas densamente florestadas.

Mapas

Onde Observar

Por vezes bastante conspícua visualmente, esta rapina nocturna faz-se ouvir com frequência, sendo fácil de detectar junto a localidades do interior.

 

Entre Douro e Minho – pouco abundante nesta região, encontra-se sobretudo nos vales de alguns rios, como o Cávado e o Ave. Pode ser observado junto ao parque da cidade, em Guimarães.

 

Trás-os-Montes – espécie pouco comum nesta região, onde pode ser observada com relativa facilidade em zonas como Miranda do Douro, o baixo Sabor e a veiga de Chaves.

 

Litoral centro – ocorre em zonas como a lagoa de Óbidos, o baixo Mondego e o pinhal de Mira.

 

Beira interior – trata-se de um mocho comum nesta região, nomeadamente no Tejo Internacional e no planalto de Vilar Formoso.

 

Lisboa e Vale do Tejo – nesta região, destaca-se a zona de Pancas (no estuário do Tejo), onde é relativamente comum. Também pode ser visto regularmente no cabo Espichel e na Costa de Caparica.

 

Alentejo – os mochos-galegos são comuns no Alentejo, especialmente em zonas mais abertas do interior, sendo fácil observá-lo na região de Castro Verde. Também podem ser vistos na zona de Alpalhão, nas planícies de Évora e na lagoa dos Patos.

 

Algarve – esta é a região onde o mocho-galego é mais fácil de detectar. Pode ser visto, por exemplo, na ria de Alvor, assim como na lagoa dos Salgados, na zona de Sagrescabo de São Vicente e no barrocal algarvio, de que é exemplo a Rocha da Pena.

 

Saber Mais

Ave nacional da Grécia e ave favorita da deusa Atena, o mocho-galego é a mais comum das rapinas nocturnas portuguesas. Nesta conversa, cuja gravação aqui partilhamos, falamos da situação desta espécie em Portugal e na Europa, do habitat, da subespécie vidalii que ocorre no nosso país, da tendência populacional e dos principais factores de ameaça.

 

 

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