Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

A melhor forma de encontrar este pilrito consiste em procurar uropígios brancos no meio de um bando de pequenas limícolas, quando estas levantam voo.

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Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Scolopacidae
Género: Calidris
Espécie: Calidris ferruginea (Pontoppidan, 1763)
A espécie é monotípica.

Identificação

Em plumagem nupcial é fácil de identificar: plumagem totalmente cor-de-laranja e bico longo e recurvado. Os juvenis e os adultos não nupciais apresentam tons brancos ou beges e podem confundir-se com o pilrito-comum, distinguindo-se pela sua maior estatura, pelo bico mais comprido e, em voo, pelo uropígio totalmente branco. Nos meses de Abril e Julho não é raro encontrar adultos em muda, com a plumagem ainda predominantemente clara, mas salpicada de laranja.

Abundância e Calendário

O pilrito-de-bico-comprido é uma das poucas espécies de aves que não nidifica nem inverna habitualmente na Europa, mas que ocorre todos os anos neste continente durante a sua passagem migratória. A passagem pós-nupcial, que se estende de finais de Julho a princípios de Novembro, é aquela em que a presença da espécie é mais visível, podendo por vezes ver-se bandos com muitas dezenas de indivíduos. Já a passagem primaveril, menos intensa, tem lugar em Abril e no princípio de Maio, sendo a espécie pouco comum neste período. A ocorrência deste pilrito durante o Inverno encontra-se documentada para o Algarve e para o estuário do Sado, mas a espécie é claramente rara durante essa época do ano.

Mapas

Onde Observar

Tal como a maioria dos outros pilritos, pode ser observado junto a zonas húmidas, sendo particularmente frequente nos estuários e lagoas costeiras.

 

Entre Douro e Minho – os estuários do Cávado e do Douro são locais de ocorrência regular.

 

Litoral Centro – pode ver-se nas principais zonas húmidas costeiras da região: lagoa de Óbidos, estuário do Mondego e ria de Aveiro.

 

Lisboa e Vale do Tejo – o estuário do Tejo é o melhor local da região para observação deste pilrito.

 

Alentejo – é frequente durante a passagem migratória no estuário do Sado e na lagoa de Santo André; ocasionalmente observa-se no interior do território, por exemplo na albufeira de Montargil e na lagoa dos Patos.

 

Algarve – no sapal de Castro Marim observam-se frequentemente concentrações importantes de aves desta espécie, que contudo pode ser vista com regularidade noutras zonas húmidas da região, nomeadamente a ria de Alvor, a lagoa dos Salgados, a ria Formosa e as salinas de Santa Luzia.

 

Documentação

Ficha do pilrito-de-bico-comprido no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)