Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

É uma das primeiras espécies estivais a chegar ao país. Esta andorinha de cauda longa e bifurcada personifica a Primavera, com os seus bandos voando em busca incessante de insectos.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Hirundinidae
Género: Hirundo
Espécie: Hirundo rustica Linnaeus, 1758
Subespécies: 8

As aves que nidificam em Portugal pertencem à subespécie nominal.

Identificação

Proporcionalmente, esta ave tem das mais compridas penas caudais da nossa avifauna. As duas penas exteriores formam uma cauda muito bifurcada e comprida. A cabeça escura e a garganta avermelhada contrastam com as partes inferiores brancas. O dorso e as partes superiores das asas são azuis-escuras com reflexos na nuca e dorso, mas podem parecer pretas à distância. Distingue-se da andorinha-dáurica pela ausência de uropígio claro.

Sons

Para ouvir a vocalização da andorinha-das-chaminés, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Abundante, esta andorinha pode ser encontrada em zonas humanizadas, principalmente em meio rural, junto a linhas de água, prados, e em zonas alagadas. Geralmente voa a baixa altura em busca de insectos voadores. Sobretudo estival, ocorrendo habitualmente entre Fevereiro e final de Outubro. Geralmente não ocorre em bandos de tão grandes dimensões como a andorinha-dos-beirais. Observam-se concentrações pós-nupciais no final do Verão.

Mapas

Onde Observar

Trata-se de uma espécie comum em todo o território, embora um pouco mais abundante a sul que a norte.

 

Entre Douro e Minho – os melhores locais são as localidades junto ao litoral, nomeadamente Caminha, no estuário do Minho, e Esposende, no estuário do Cávado. Também pode ser encontrada na serra da Peneda e na zona de Ponte de Lima.

 

Trás-os-Montes – bem distribuída por esta região, a andorinha-das-chaminés pode ser vista nas aldeias das serras da Coroa e de Montesinho, e também em Miranda do Douro.

 

Litoral centro – abundante ao longo de toda a região, pode facilmente ser encontrada junto das localidades, como Montemor-o-Velho, Mira e São Jacinto, assim como concentrações importantes no final do Verão, em locais como o paul da Madriz e a ria de Aveiro.

 

Beira interior – amplamente distribuída por este território, é facilmente detectada em locais como o planalto de Ribacoa, a zona de Segura, o Tejo Internacional, e mesmo em cidades como Castelo Branco.

 

Lisboa e Vale do Tejo – os melhores locais situam-se junto a localidades ao longo do vale do Tejo, em que a esta espécie é abundante, sobretudo a Chamusca, Azambuja, Almeirim, Santarém. Também podem ser observadas concentrações importantes no final do Verão, sobretudo em locais como os arrozais da Giganta (Ponta da Erva) e o paul da Barroca, assim como a lagoa de Albufeira.

 

Alentejo – bem distribuída nesta região, é facilmente vista junto a localidades de pequena e média dimensão, assim como junto a edificações rurais. Pode ser encontrada em Évora, Castro Verde, Arraiolos, Mina de São Domingos, zona de Alpalhão, Elvas e Montargil e em locais costeiros como Vila Nova de Milfontes, no estuário do Mira.

 

Algarve – ocorre um pouco por toda a região, sendo mais abundante no sotavento e na região central. É comum em zonas como Lagos, Portimão, o vale do Arade, Tavira, ria de Alvor e o sapal de Castro Marim. Neste último local e no Ludo, ocorre regularmente durante  o Inverno.

 

Saber Mais

Se deseja conhecer melhor a andorinha-das-chaminés, poderá querer ouvir o episódio que a seguir lhe disponibilizamos das “conversas sobre aves”, dedicado a esta espécie.

 

 

 

Poderá também interessar-lhe a gravação deste webinário sobre as andorinhas de Portugal.

 

 

 

Por fim, sugerimos este pequeno tutorial sobre a identificação das espécies de andorinhas que ocorrem no nosso país.

 

 

 

Ligações externas