Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Embora ocorra todos os anos em Portugal durante as suas migrações, a cigarrinha-malhada é uma das espécies mais difíceis de observar no campo.

Sabe quando chegam as primeiras cigarrinhas-malhadas?
Veja as datas aqui.

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Locustellidae
Género: Locustella
Espécie: Locustella naevia (Boddaert, 1783)
Subespécies: 3

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

A cigarrinha-malhada não é difícil de identificar se for observada em boas condições. A plumagem é castanha e esverdeada, apresentando o dorso levemente riscado, sendo esta a principal característica que permite distingui-la das outras felosas. O seu canto, que faz lembrar um insecto, ajudará a detectar esta espécie, mas raramente se faz ouvir em Portugal.

Sons

Para ouvir a vocalização da cigarrinha-malhada, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

A cigarrinha-malhada não é rara, mas devido aos seus hábitos furtivos passa facilmente despercebida, escondendo-se entre a vegetação. A maioria dos registos envolveu aves capturadas em redes de anilhagem (conforme ilustrado nas fotos acima). Podem ser identificados dois períodos principais de ocorrência: na passagem de Primavera (Março-Abril) em que a espécie parece ser rara mas pode, por vezes, ser ouvida a cantar; e na passagem outonal (meados de Agosto a meados de Outubro) em que é mais numerosa mas muito mais difícil de detectar. Ocorre sobretudo, mas não exclusivamente, em zonas com vegetação aquática emergente, como caniçais e formações semelhantes.

Mapas

Onde Observar

Dada a dificuldade em observar esta felosa no campo, a melhor forma de tomar contacto com esta ave é através de sessões de anilhagem.

 

Litoral centro – tem sido registada com regularidade em Salreu, nos pauis do Baixo Mondego e na lagoa de Óbidos.

 

Lisboa e Vale do Tejo – a espécie já foi detectada no estuário do Tejo e, mais raramente, na serra da Arrábida.

 

Alentejo – o estuário do Sado e a lagoa de Santo André são dois locais onde esta felosa ocorre com regularidade.

 

Algarve – a ria de Alvor é o local com maior número de registos, o que resulta do esforço de anilhagem realizado nesse local.