Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Esta pequena felosa, pouco conhecida dos observadores do litoral, é um ícone dos bosques de carvalho-negral e dos pinhais do nordeste do território.

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Veja as datas aqui.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Phylloscopidae
Género: Phylloscopus
Espécie: Phylloscopus bonelli (Vieillot, 1819)
A espécie é monotípica.

Identificação

O canto da felosa-de-bonelli, composto por um trinado com a duração de cerca de um segundo, ajuda a localizar e a identificar esta espécie, que frequenta sobretudo as copas das árvores. Do mesmo tamanho que uma felosa-comum, caracteriza-se pelos tons verdes e acinzentados da plumagem. A coloração é menos uniforme que a da felosa-comum, notando-se um contraste do uropígio esverdeado e da cabeça acinzentada, onde se destaca o olho preto. O ventre é branco e as patas são escuras.

Sons

Para ouvir a vocalização da felosa-de-bonelli, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Embora seja escassa em quase todo o litoral, esta felosa pode ser surpreendentemente abundante em zonas de habitat adequado – este é composto por carvalhais ou sobreirais com sub-bosque bem desenvolvido, que existem em maior quantidade na metade interior do território, o que ajuda a explicar a maior abundância da espécie nessas regiões. A felosa-de-bonelli é uma espécie estival, que chega geralmente em princípios de Abril e está presente até Agosto, mês em que existem bastantes observações de aves em passagem, junto ao litoral.

Mapas

Onde Observar

Os carvalhais de carvalho-negral do nordeste e alguns montados de sobro com sub-bosque no Ribatejo são os locais onde esta espécie é mais fácil de encontrar.

 

Entre Douro e Minho – observa-se na serra da Peneda.

 

Trás-os-Montes – é uma das melhores regiões para observar esta felosa, que pode ser vista nas serras do Gerês e do Larouco, na serra de Montesinho, na serra da Nogueira e na região de Miranda do Douro; ocorre igualmente na serra do Alvão.

 

Beira interior – fácil de observar na Beira Alta, particularmente nas serras da Estrela e de Montemuro, bem como no planalto de Riba Côa e na zona do Sabugal.

 

Lisboa e vale do Tejo – a zona de Coruche é o melhor local da região para procurar esta espécie. Em anos mais recentes também tem surgido com regularidade em Pancas. Na passagem migratória outonal é observada esporadicamente na serra da Arrábida e no cabo Espichel.

 

Alentejo – como nidificante, pode ser vista com regularidade na serra de São Mamede, na zona de Montargil, em Cabeção e na ribeira do Divor; observa-se também, mas em menor número, no estuário do Sado.

 

Algarve – ocorre quase unicamente em passagem migratória, podendo ser vista no cabo de São Vicente e na ria de Alvor.