Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

É um dos mais pequenos e coloridos passeriformes da nossa fauna.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Regulidae
Género: Regulus
Espécie: Regulus ignicapilla (Temminck, 1820)
Subespécies: 4

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

Espécie reconhecível pelas suas pequenas dimensões, dorso esverdeado e pela coroa amarelada e lista branca por cima dos olhos orlada por uma listra preta bastante visível. Pode ser confundida com a sua congénere estrelinha-de-poupa, da qual se distingue pela listra branca referida, e pela maior extensão da coroa.

Sons

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Abundância e Calendário

Localmente pode ser abundante, sendo comum na metade norte do território continental, concretamente, a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela. É uma espécie residente, mas conta com um importante reforço populacional durante o Inverno, de aves migradoras provenientes do Norte da Europa.

Mapas

Onde Observar

Pode ser encontrada onde haja matas, bosques, bosquetes, parques e jardins, especialmente se existirem coníferas. É particularmente comum nas serras do norte do país.

 

Entre Douro e Minho – mais abundante nas zonas de altitude, observa-se com regularidade na serra da Peneda, na serra do Gerês e no Corno de Bico, mas também pode ser encontrada em zonas florestadas mesmo ao nível do mar, por exemplo no pinhal do Camarido (estuário do Minho) e no vale do rio Lima (nomeadamente na veiga de São Simão  e nas lagoas de Bertiandos).

 

Trás-os-Montes – a serra do Larouco, a serra de Montesinho e a serra da Nogueira são bons locais para procurar a estrelinha-de-cabeça-listada.

 

Litoral centro –  ocorre no pinhal de Leiria, na zona do paul da Madriz e noutros pinhais da região.

 

Beira interior – a serra da Estrela, onde a espécie é particularmente comum, é um dos melhores locais da região para procurar esta minúscula ave. Outros locais onde pode ser observada são a albufeira de Vilar, a serra da Gardunha e os pinhais junto à barragem de Santa Luzia.

 

Lisboa e Vale do Tejo – pode observar-se na serra de Sintra, onde é muito comum, bem como nos espaços verdes das cidades de Tomar e Lisboa. Ocorre em menor número na serra da Arrábida, na serra de Montejunto, no parque do cabeço de Montachique, na Costa de Caparica e no castelo de Sesimbra.

 

Alentejo – ocorre principalmente no Inverno, podendo observar-se com relativa facilidade em Castelo de Vide, no estuário do Sado e na zona de Barrancos.

 

Algarve – durante a época de reprodução é escassa e ocorre principalmente nas áreas serranas – o principal núcleo situa-se na serra de Monchique, mas também são conhecidas observações nas serras do Caldeirão e do Espinhaço de Cão. No Outono e no Inverno também pode ser vista em zonas costeiras, havendo observações em Sagres, na ria de Alvor ou no Ludo.