Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

Não é surpresa o temor que esta espécie inflige nas restantes aves marinhas, pelo poder que ostenta em voo. Este moleiro persegue frequentemente outras aves marinhas, para lhes roubar o alimento. Encontra-se com pouca frequência em grupos grandes, sendo mais regularmente visto isolado ou em pequenos bandos.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Stercorariidae
Género: Stercorarius
Espécie: Stercorarius skua (Brünnich, 1764)
A espécie é monotípica.

Identificação

Ave marinha poderosa, de corpo compacto assemelhando-se a um barril, cabeça e bico grandes e fortes, cauda curta, e característicos painéis alares brancos que contrastam bastante com o padrão castanho escuro do corpo. De tal forma são contrastantes que podem ser visíveis de bastante longe. Os adultos apresentam marcas pálidas na cabeça e dorso, enquanto os juvenis apresentam o corpo arruivado. Estas aves apresentam um batimento de asas poderoso e pouco amplo, voando rectilineamente quando em trânsito, ao contrário das gaivotas que possuem um tipo de voo mais pendulado (com oscilações). É o maior dos moleiros, sendo do tamanho de uma gaivota de dimensão grande.

Abundância e Calendário

O moleiro-grande é frequente ao longo de toda a costa portuguesa, podendo ser localmente comum ao largo. Pode ser observado próximo da costa na passagem outonal, especialmente em Setembro e Outubro, onde por vezes ocorre em fluxos de poucas centenas de aves. No entanto, é observável durantea maior parte do ano, entre Agosto e Maio.

Mapas

Onde Observar

Este moleiro é mais facilmente observável na realização de saídas pelágicas, podendo também ocorrer junto a promontórios durante as passagens migratórias.

 

Entre Douro e Minho – pode ser observado ao largo do litoral de Esposende e da foz do rio Lima, zonas estas onde tem sido observado com regularidade.

 

Litoral Centro – ocorre com frequência ao largo de todo o litoral desta região, mas sobretudo entre a Torreira e o cabo Mondego. Durante a passagem outonal é frequentemente avistado frente ao cabo Carvoeiro.

 

Lisboa e Vale do Tejo – o cabo Raso é o melhor local para a observação desta espécie, especialmente durante as passagens migratórias. Também pode ser observado frente ao cabo Espichel.

 

Alentejo – ocorre menos frequentemente nesta região, podendo ser observado ao largo da península de Tróia, especialmente em alturas de temporal mais ao largo.

 

Algarve – frequenta o litoral algarvio, embora se aproxime pouco da costa. Durante o Outono, avista-se em passagem pelo cabo de São Vicente, e durante o Inverno, pode ser observado na Ponta da Piedade e também junto à ria Formosa, especialmente entre a praia de Faro e a ilha de Armona, sendo este um dos melhores locais para a observação da espécie fora da migração.

 

Ligações externas