Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Esta pequena ave da família das felosas é uma das espécies mais características das zonas de caniçal. O termo “rouxinol” deriva provavelmente do facto de poder ser ouvido a cantar durante a noite.

Sabe quando chegam os primeiros rouxinóis-pequenos-dos-caniços?
Veja as datas aqui.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Acrocephalidae
Género: Acrocephalus
Espécie: Acrocephalus scirpaceus (Hermann, 1804)
Subespécies: 10

Em Portugal nidifica a subespécie A. s. ambiguus, mas as aves da subespécie nominal aparecem em passagem migratória. A taxonomia desta espécie é complexa e em anos recentes houve propostas no sentido de incluir a população ibérica como subespécie do rouxinol-dos-caniços-africano A. baeticatus, mas actualmente o IOC considera este último taxon como fazendo parte de A. scirpaceus.

Identificação

Totalmente castanho, com a garganta esbranquiçada, o rouxinol-pequeno-dos-caniços tem um aspecto algo incaracterístico, sem marcas particulares. O bico é fino, à semelhança dos outros insectívoros. O seu canto, composto por sequências variadas de notas repetidas, é a melhor forma de identificar esta espécie.

Sons

Para ouvir a vocalização do rouxinol-pequeno-dos-caniços, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

O rouxinol-pequeno-dos-caniços tem uma distribuição fragmentada, mas ocorre de norte a sul do país e pode ser considerado localmente comum. Frequenta caniçais de média a grande dimensão, construindo o seu ninho suspenso no meio dos caniços. É uma ave migradora, que chega em Março e parte no final do Verão, havendo por vezes indivíduos em passagem até princípios de Novembro.

Mapas

Onde Observar

Os grandes caniçais das zonas húmidas costeiras são os locais onde esta ave é mais fácil de encontrar.

 

Entre Douro e Minho – observa-se nos caniçais do Coura junto ao estuário do Minho. e também na veiga de São Simão.

 

Litoral centro – pode ser visto na ria de Aveiro, no paul de Arzila, no paul da Madriz e no paul de Tornada.

 

Lisboa e vale do Tejo – o paul do Boquilobo, o estuário do Tejo (especialmente os caniçais da Ponta da Erva e também as salinas de Alverca), a várzea de Loures, o paul da Barroca e a lagoa de Albufeira são os locais onde esta espécie pode ser observada com regularidade.

 

Alentejo – o rouxinol-pequeno-dos-caniços ocorre principalmente ao longo da faixa costeira, podendo observar-se no estuário do Sado, na lagoa de Melides, na lagoa de Santo André e na ribeira de Moinhos. É  mais raro no interior do território.

 

Algarve – nidifica na foz do Almargem, na lagoa do Garrão, na lagoa dos Salgados, no caniçal de Vilamoura, no paul de Lagos e, possivelmente, na Boca do Rio; durante a passagem migratória ocorre também na ria de Alvor.

 

Documentação

Ficha do rouxinol-pequeno-dos-caniços no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)