Esta espécie pertence à Ordem Charadriiformes.

Esta ave desenhada a preto e branco ostenta um bico largo, como se fossem duas lâminas, riscado a branco, é frequente durante o Inverno em voos extremamente velozes frente às nossas costas, muitas vezes em formação ordenada.

 

Taxonomia

Ordem: Charadriiformes
Família: Alcidae
Género: Alca
Espécie: Alca torda Linnaeus, 1758
Subespécies: 2

Em Portugal ocorre a subespécie A. t. islandica.

Identificação

Facilmente identificável pelo seu bico grosso traçado a branco, e pela combinação de preto nas partes superiores, e branco desde o pescoço até à cauda. No entanto, o característico bico só é visível a curta distância, pois esta é uma ave marinha de pequena-média dimensão, e que, quando em voo e a grandes distâncias, é confundível com o airo, e ou mesmo o papagaio-do-mar. Relativamente a este último, distingue-se pelo maior tamanho e cabeça mais saliente, enquanto que,relativamente ao airo, não apresenta projecção das patas para além da cauda, atonalidade é preta (ao contrário do airo, que é castanho muito escuro) e por não possuir as coberturas infra-alares manchadas a escuro. Pode passar facilmente despercebida quando pousada na água.

Abundância e Calendário

Quando observada a partir de terra, a torda-mergulheira é muitas vezes vista a grandes distâncias dando a falsa sensação de se tratar de uma espécie rara. No entanto, é mais comum do que aparenta. Ocorre entre nós como invernante, podendo ser observada sobretudo entre Novembro e Março, mas é mais facilmente observável durante a passagem migratória, que se dá entre Outubro e Novembro e novamente entre finais de Março e Maio. Por vezes ocorre relativamente perto da costa, podendo inclusive ser detectada nas águas protegidas pelos molhes dos portos comerciais ou de abrigo.

Mapas

Onde Observar

A torda-mergulheira pode ser vista ao longo da costa, de norte a sul do país, e inclusive bem próximo da linha de costa e mesmo dentro de zonas portuárias. Quando em saídas pelágicas, a espécie é comum ao largo da costa da metade norte do país.

 

Entre Douro e Minho – pode ser observada frente ao litoral de Esposende e à foz do Minho.

 

Litoral centro –  o canal entre Peniche e as Berlengas é o melhor local para a observação desta espécie a partir de terra. Outra zona de eleição para a observação da torda-mergulheira situa-se frente às praias entre Quiaios e a Torreira. Existem registos no interior do porto de Peniche, da lagoa de Óbidos e da ria de Aveiro, embora estas situações sejam raras.

 

Lisboa e vale do Tejo – regularmente observada em passagem pelo cabo Raso e pelo cabo Espichel, ocorre também frente à costa do Estoril.

 

Alentejo – embora pouco frequente nesta região, a sua presença pode ser detectada junto às praias de Tróia, bem como no interior do estuário do Sado, frente a esta península. A sua presença já foi registada no porto de Sines.

 

Algarve – em passagem migratória, pode ser observada junto ao cabo de São Vicente e em passagem pela Ponta da Atalaia. Também ocorre junto à Ria Formosa.

Ligações externas