Na capital existem boas oportunidades de observação de aves. Para isso devem ser explorados os três tipos de habitats principais: as zonas edificadas, as zonas verdes e a margem do rio Tejo.

Vista parcial da Tapada da Ajuda, vendo-se ao fundo o rio Tejo e a margem sul

Visita:

Zonas edificadas – são relativamente pobres em aves. Para além do ubíquo pardal-comum, as poucas espécies que aqui ocorrem são o peneireiro-vulgar, o andorinhão-preto, o andorinhão-pálido, a andorinha-das-chaminés, o rabirruivo-preto e o melro-preto. Na zona da Baixa Pombalina existe uma importante colónia de andorinhões-pálidos.
Zonas verdes – na maioria dos parques e jardins da cidade é possível observar o melro-preto, a toutinegra-de-barrete, o chapim-azul e o chamariz. Alguns espaços verdes que merecem destaque pela sua riqueza ornitológica são o Jardim Calouste Gulbenkian (situado junto à Praça de Espanha), onde existe um pequeno lago, que é frequentado pela galinha-d’água. Neste jardim existem várias árvores de grande porte e é habitual ver-se o periquito-de-colar. Por vezes observa-se aqui o goraz, devendo tratar-se de indivíduos oriundos do jardim zoológico da cidade, onde a espécie nidifica em liberdade. Outra zona verde bastante interessante é a Tapada da Ajuda, situada na zona de Alcântara. Esta tapada, adjacente ao Parque Florestal de Monsanto, constitui um excelente local para procurar espécies florestais. Entre as espécies mais comuns neste local refiram-se a rola-brava, a carriça, a toutinegra-de-cabeça-preta, a estrelinha-real, a trepadeira-comum, o gaio e o pintassilgo. Também é comum ouvir-se o mocho-galego. O bútio-comum já foi visto diversas vezes nesta Tapada e deverá nidificar em Monsanto. Durante a Primavera e o Verão, as zonas abertas da tapada são usadas como zona de alimentação por andorinhas e andorinhões, ouvindo-se também o canto da fuinha-dos-juncos. No vizinho Parque Florestal andorinhas e andorinhões, ouvindo-se também o canto da Durante a Primavera e o Verão, de Monsanto podem ver-se o pombo-torcaz e o chapim-carvoeiro, duas espécies que por vezes aparecem noutras zonas da cidade. No Cais do Sodré existe um pequeno jardim que no Inverno alberga um importante dormitório de estorninhos-malhados. Nas zonas não edificadas ao longo da segunda circular é habitual ver-se o peneireiro-vulgar e, no Inverno, algumas garças-boieiras.
Margem do Tejo – A frente ribeirinha é composta por um paredão oblíquo que se estende desde Algés, a poente, até à zona dos Olivais, a nascente. Os melhores locais de observação situam-se na zona de Belém, no Terreiro do Paço e na zona de Xabregas. É no Inverno que esta zona é mais rica em aves, podendo ver-se o guincho-comum, a gaivota-d’asa-escura, a gaivota-argêntea e o corvo-marinho-de-faces-brancas. Na zona de Alcântara, junto à Ponte 25 de Abril, observa-se por vezes o falcão-peregrino.

Melhor época: todo o ano

Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa
Onde fica: Lisboa fica na costa ocidental portuguesa, junto à foz do rio Tejo.