Esta cidade templária, rica em história e tradição, apresenta ao visitante uma variedade interessante de aves. A passagem do rio Nabão pelo centro da cidade e a existência de grandes manchas verdes (Ilha do Mouchão e Mata Nacional dos Sete Montes) são factores determinantes para que isso aconteça.

Por ser uma cidade bastante movimentada as aves estão habituadas à presença de pessoas, deixando-se observar facilmente. Nos arredores da cidade, encontram-se alguns locais de uma beleza singular, o Agroal é um exemplo disso.

A Mata dos Sete Montes possui uma enorme variedade de espécies vegetais

Visita:

Deixe o carro à entrada da cidade (existe um grande parque de estacionamento perto do terminal rodoviário) e passeie a pé. Aproveite para visitar a Mata Nacional dos Sete Montes, a entrada é junto ao Posto de Turismo. O percurso ao longo deste belo jardim na Primavera permite-lhe ouvir e ver várias espécies de passeriformes comuns: a carriça, o pisco-de-peito-ruivo, o tentilhão e o chamariz. Outras serão mais difíceis de observar, o bico-grossudo é uma delas, pois é muito discreto e tem o hábito de frequentar as copas das árvores. De entre as aves de rapina, uma das mais fáceis de observar é a águia-calçada, que sobrevoa toda a cidade. As andorinhas-das-rochas nidificam nos claustros do Convento de Cristo, podendo ser observadas a voar sobre a Mata e em redor do Castelo.

Ao longo das ruas de Tomar pode ouvir-se o canto arrastado do rabirruivo-preto, no ar voa o andorinhão-preto. As andorinhas-dos-beirais nidificam em vários pontos da cidade, sendo muito conspícuas. A andorinha-das-chaminés é visitante ocasional, sendo mais frequente nos arredores da urbe.

Descendo a rua Corredora, chega-se à antiga Ponte Romana, sobre o rio Nabão. Este local é frequentado pela garça-nocturna. De manhã ou ao fim da tarde poderá observá-lo a pescar no rio. Durante o resto do dia procure-o nas árvores da margem. O pica-pau-galego é frequente nestas mesmas árvores. Nalguns anos secos, em que o rio corre mais baixo, os borrelhos-pequenos-de-coleira alimentam-se nos bancos de areia que se formam. No Inverno são frequentes os corvos-marinhos e a garça-real, que na época de reprodução se torna mais rara.
Na Ilha do Mouchão os melros-pretos e as alvéolas-brancas procuram alimento na relva. A alvéola-cinzenta prefere alimentar-se junto à água. Nos muros ao longo do rio nidificam as andorinhas-das-barreiras. Esteja atento, o guarda-rios usa a vegetação ribeirinha como posto de vigia, não perca a oportunidade de o ver! No Inverno, o lugre alimenta-se nos amieiros e plátanos existentes.

 

O Agroal, localizado na bacia hidrográfica do rio Nabão, possui características únicas: a diversidade vegetal desta zona, aliada à existência de escarpas que marginam o rio e à abundância de água durante todo o ano, faz deste local o habitat perfeito para uma avifauna rica e variada. Nas galerias ripícolas ouve-se o canto do rouxinol-comum e da toutinegra-de-barrete. No matagal mediterrânico observam-se a toutinegra-do-mato e o picanço-barreteiro. Nas escarpas calcárias abrigam-se o melro-azul e algumas rapinas típicas deste habitat, como o falcão-peregrino e o bufo-real. No Verão pode observar-se a ógea a caçar libélulas.

Melhor época: Inverno e Primavera

Distrito: Santarém
Concelho: Tomar
Onde fica: No Ribatejo, cerca de 25 km a norte de Torres Novas. Vindo de norte ou de sul, tem como via mais directa a A1. Ao km 94, tome a saída para a A23, siga por essa estrada até ver a indicação de Tomar pelo IC3. 5 a 10 minutos mais tarde verá a placa indicativa de saída para Tomar pela N110. Siga por aí e dentro de pouco tempo chegará ao destino.
Para chegar ao Agroal, para quem se desloca do concelho de Tomar, tome a estrada de Ourém/Leiria e corte à direita na placa que diz Agroal, poucos quilómetros acima da povoação de Carregueiros. Daí até ao destino são aproximadamente 8 km.