Esta espécie pertence à Ordem Passeriformes.

Fácil de identificar mas difícil de encontrar, devido à sua escassez e à  inacessibilidade da maioria dos locais onde ocorre, o chasco-preto é uma ave enigmática, que falta na lista de muitos observadores de aves.

 

Taxonomia

Ordem: Passeriformes
Família: Muscicapidae
Género: Oenanthe
Espécie: Oenanthe leucura (Gmelin JF, 1789)
Subespécies: 2

Em Portugal ocorre a subespécie nominal.

Identificação

Um pouco mais pequeno que um melro-azul, espécie com a qual partilha muitas vezes o habitat, o chasco-preto pode ser difícil de identificar quando está pousado. Com efeito, se a cauda não estiver à vista, a plumagem quase totalmente negra (macho) ou castanha (fêmea) pode revelar-se incaracterística, sobretudo quando a ave é observada a grande distância. Contudo, quando visto em voo, este chasco é inconfundível, pois o contraste entre a cauda branca (com um T preto na extremidade) e o resto da plumagem de tom escuro é facilmente visível e elimina qualquer hipótese de confusão.

Sons

Para ouvir a vocalização do chasco-preto, clique na seta abaixo!

Abundância e Calendário

Outrora mais comum do que actualmente, o chasco-preto é hoje uma espécie rara a nível nacional; a sua área de distribuição tem vindo a contrair-se progressivamente e encontra-se hoje limitada a algumas zonas remotas do interior. Frequenta vales com afloramentos rochosos, pousando em grandes rochedos ou em edifícios isolados; no nordeste também ocorre em vinhas. Contrariamente aos outros dois chascos que ocorrem em Portugal, esta espécie é residente e pode ser observada durante todo o ano.

Mapas

Onde Observar

O Alto Douro é, sem dúvida, e melhor região do país para procurar esta  espécie.

 

Trás-os-Montes – a zona do chamado Douro Vinhateiro, na região de Carrazeda de Ansiães, é favorável à observação desta espécie, que também ocorre um pouco mais para montante, na zona de Barca d’Alva.

 

Beira interior – pode ser visto nas encostas junto ao rio Douro, particularmente nas zonas de São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Coa. Ocorre igualmente nas zonas mais áridas da Beira Baixa, podendo ser visto ao longo do Tejo Internacional e, mais raramente, na zona de Segura.

 

Alentejo – até há alguns anos ocorria junto ao castelo de Marvão e na região de Barrancos, contudo, actualmente é muito raro nesta região e deverá já estar extinto na zona.

 

Saber Mais

O chasco-preto já teve em Portugal uma distribuição muito mais alargada que actualmente, havendo registos da sua presença nas Berlengas e em diversos locais do Alentejo. Actualmente a sua distribuição é bastante restrita e a espécie encontra-se fortemente ameaçada. Em Maio de 2023 realizámos um webinário totalmente dedicado a esta espécie, e que poderá visualizar clicando na seta abaixo:

 

 

Documentação

Ficha do chasco-preto no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (edição 2005)

Ficha do chasco-preto no Plano Sectorial da Rede Natura 2000

Ligações externas