Conhecido também pelos nomes de carvoeiro ou pisco-ferreiro, o rabirruivo-preto é uma das aves mais características das aldeias no norte e centro do território, mas também aparece no sul, em especial durante a estação fria

Taxonomia
Ordem: Passeriformes
Família: Muscicapidae
Género: Phoenicurus
Espécie: Phoenicurus ochruros (SG Gmelin, 1774)
Subespécies: 6
As aves que ocorre em Portugal pertencem à subespécie P. o. gibraltariensis. Algumas autoridades consideram também que as aves que nidificam na Península Ibérica são da subespécie P. o. aterrimus, mas esta classificação não é consensual.
Identificação
Pequeno passeriforme insectívoro do tamanho de um pisco-de-peito-ruivo. O macho é preto com uma pequena mancha branca na asa. A fêmea e o juvenil são acastanhados. Em todas as plumagens, o rabirruivo-preto identifica-se pela cauda cor-de-fogo e pelo “tique nervoso” que se consubstancia num frequente tremer. Estas características permitem distingui-lo de todos os passeriformes excepto do rabirruivo-de-testa-branca.
Sons
Para ouvir a vocalização do rabirruivo-preto, clique na seta abaixo!
Abundância e Calendário
Na época reprodutora distribui-se essencialmente a norte do Tejo, surgindo associado a zonas rochosas e também a locais habitados; para sul do Tejo tem uma distribuição muito localizada, ocorrendo essencialmente nas falésias costeiras e, localmente em escarpas no interior (nomeadamente no norte alentejano). A partir de Outubro, com a chegada de muitos invernantes, ocorre em todo o território continental e pode ser visto em qualquer local ou tipo de habitat, desde zonas florestadas com clareiras, até terrenos agrícolas e também zonas habitadas.
Mapas
Onde Observar
A norte do Tejo pode ser visto com facilidade em quase todas as vilas e aldeias.
Entre Douro e Minho – observa-se em Guimarães, no Corno de Bico, no estuário do Minho e na serra da Peneda, entre muitos outros locais. |
Trás-os-Montes – distribui-se por toda a região, podendo ser observado com facilidade nas serras do Gerês, da Coroa e do Alvão e também em Miranda do Douro e em Barca d’Alva. |
Litoral centro – é frequente no estuário do Mondego e em São Martinho do Porto. Pode tambem ser observado em Aveiro, na serra de Aire, nas Berlengas e na zona de Peniche. |
Beira interior – é muito comum na serra da Estrela e na maior parte das aldeias da Beira Alta, podendo ser visto por exemplo nas regiões da albufeira de Vilar, de Celorico da Beira ou do Sabugal e no planalto de Riba Côa. Também se observa nas fragas da barragem de Santa Luzia e na serra da Gardunha. |
Lisboa e vale do Tejo – os melhores locais para ver este rabirruivo são a zona deCheleiros, a serra de Sintra, a serra de Montejunto, as cidades de Lisboa e Tomar, o cabo Espichel e o castelo de Sesimbra. No entanto, a espécie ocorre em muitas outras vilas e aldeias da região. |
Alentejo – nidifica na costa sudoeste, podendo ser visto no cabo Sardão; ocorre também em Castelo de Vide e Marvão; no Inverno apresenta uma distribuição mais alargada. |
Algarve – como nidificante pode ser visto nas zonas de costa rochosa, nomeadamente na Ponta da Piedade, na Boca do Rio, no cabo de São Vicente e na Carrapateira; também ocorre na Fóia (ponto mais alto da serra de Monchique); no Inverno está presente no resto da região. |