O Parque da Devesa, localizado em pleno centro da cidade de Vila Nova de Famalicão, foi aberto em setembro de 2012. Com uma área aproximada de vinte e sete hectares, o parque é constituído por zonas de prado e por zonas arborizadas (carvalhos, choupos, salgueiros, sobreiros, pinheiros mansos…). Em todo o seu comprimento correm as águas do Rio Pelhe, avançando pequenas cascatas, dando vida à vegetação diversa que cresce ao longo das margens e alimentando um lago artificial. Com estas condições, o parque tem-se revelado um importante porto de abrigo (permanente, sazonal ou ocasional) para a avifauna, encontrando-se já registadas 107 espécies (dados eBird).

Rio Pelhe e zona protegida, refúgios de inúmeras espécies como a narceja-comum ou a toutinegra-de-barrete-preto

Visita:

Iniciando o percurso pela “entrada cidade” (junto à central de camionagem) encontramos imediatamente o rio Pelhe e uma zona de prado que se estende pelas duas margens, onde se observa frequentemente o estorninho-preto e, no outono/inverno, também o estorninho-malhado. Seguindo pela margem direita do rio, no sentido da corrente, podemos encontrar o melro-preto, o pintassilgo, o verdilhão, o chamariz e o pardal-comum. Um pouco mais à frente, entre o rio e o lago, existe uma zona protegida com abundante vegetação, junto à qual se justifica uma paragem mais prolongada.
Naquele local são observados a toutinegra-de-barrete, a carriça, o pisco-de-peito-ruivo, o cartaxo-comum e o bico-de-lacre. Durante o outono/inverno, a zona é procurada também pelo lugre e pela narceja-comum.

Atravessando o rio, junto à “entrada Santiago”, obtemos uma visão panorâmica sobre o lago, onde habitualmente marcam presença o guarda-rios, a garça-real, o pato-real e a galinha-d’água. Ocasionalmente, já foram observados a garça-vermelha, o mergulhão-pequeno, o maçarico-bique-bique, o pato-trombeteiro e o arrabio.
Contornando o lago, podemos observar ainda, dependendo da altura do ano, o corvo-marinho-de-faces-brancas (invernante) ou a andorinha-das-barreiras e a andorinha-das-chaminés (estivais). Continuando, encontramos de novo o rio (margem esquerda). Agora no sentido contrário à corrente, seguimos atentos às alvéolas (alvéola-branca, alvéola-cinzenta e, na Primavera/Verão, também a alvéola-amarela), às felosas (felosa-comum, invernante, ou felosa-musical, migradora de passagem), à fuinha-dos-juncos, ao maçarico-das-rochas e à poupa (estival). Em período de migração, já foram observados nesta zona a felosa-malhada e o papa-moscas-cinzento.

Na ponte localizada próximo da “entrada cidade”, atravessamos de novo o rio e seguimos em direcção às hortas urbanas. Durante o Outono/Inverno é abundante, nesta zona, a petinha-dos-prados. Junto às hortas observam-se a rola-turca, o rabirruivo-preto, a andorinha-das-barreiras, a andorinha-dos-beirais (estival), o andorinhão-preto (estival) e a toutinegra-de-cabeça-preta (num silvado existente num terreno contíguo ao parque).

Por uma ponte de pedra ali existente, voltamos à margem esquerda e seguimos em direção à Casa do Território (espaço cultural), passando numa zona de prado com árvores altas, onde é possível avistar algumas aves florestais, como o pica-pau-verde, o pica-pau-malhado e o tordo-comum. Ocasionalmente, foram observados o tordo-ruivo e o gavião.

Mais à frente, próximo do moinho, são frequentemente observadas quatro espécies de chapins (o chapim-real, o chapim-carvoeiro, o chapim-rabilongo e o chapim-azul). Subindo as escadas, chega-se à Casa do Território. Segue-se à direita, em direcção a sul (zona do lago). Neste percurso, é possível observar a ferreirinha-comum, o tentilhão-comum, a estrelinha-real, o pintarroxo-comum e o papa-moscas-preto (este último em migração). Do lado nascente do parque, pese embora não lhe pertença, existe um pinhal onde podem ser observados, à distância, o bútio-comum, o peneireiro-vulgar, a gralha-preta, o gaio e o pombo-torcaz.
Depois de cruzar o eixo que liga a “entrada cidade” à “entrada nascente” existe uma zona arborizada, onde é frequente a observação da trepadeira-comum.

Atravessando o parque em direcção à “entrada cidade” conclui-se a visita.

Melhor época: Setembro a Março

Distrito: Braga
Concelho: Vila Nova de Famalicão
Onde fica: Vindo do Porto ou de Braga pela A3, seguir pela saída número 6, para convergir com a A7, em direção a Vila do Conde/Famalicão, e percorridos 2,5 km seguir pela saída número 4 (N14/Famalicão/Trofa). [Vindo de Guimarães ou de Vila do Conde pela A7, sair também pelo nó número 4 (N14/Famalicão/Trofa)]. Manter na via da esquerda para continuar em direção à N14 (N14/Braga/Famalicão). Sair no nó número 2 (Famalicão Centro) e na 1.ª rotunda seguir pela 1.ª saída, entrando na Av. Brasil. Na rotunda seguinte inverter o sentido de marcha e depois virar na 1.ª à direita. Duas das entradas para o parque encontram-se logo a seguir, à direita, uma antes e outra depois de uma outra rotunda. [Para seguir a sugestão de visita deverão deslocar-se pelos percursos pedonais até à zona central do parque – “entrada cidade” (junto à central de camionagem)].